quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Oxóssi Assentos de Oxóssi e Ossain no candomblé. Oxóssi é o orixá da caça e da fartura. É identificado no jogo do merindilogun pelo odu obará e representado nos terreiros de candomblé pelo igba oxóssi. Índice 1 Etimologia 2 África 3 Brasil 4 Arquétipo 5 Qualidade de Oxóssi 5.1 Sincretismo 6 Cuba 7 Haiti 8 Ver também 9 Ligações externas [editar]Etimologia "Oxóssi" veio do iorubá Òşóòsì. África Pierre Verger, em seu livro Orixás, diz que o culto de Oxóssi foi praticamente extinto na região de Ketu, na Iorubalândia, uma vez que a maioria de seus sacerdotes foram escravizados, tendo sido enviados à força para o Novo Mundo ou mortos. Aqueles que permaneceram em Ketu deixaram de cultuá-lo por não se lembrarem mais como realizar os ritos apropriados ou por passarem a cultuar outras divindades. [editar]Brasil Ibualama, Inlè ou Erinlè - escultura de Carybé em madeira (Museu Afro-Brasileiro, em Salvador, no Brasil). Durante a diáspora negra, muitos escravos que cultuavam Oxóssi não sobreviveram aos rigores do tráfico negreiro e do cativeiro, mas, ainda assim, o culto foi preservado no Brasil e em Cuba pelos sacerdotes sobreviventes e Oxóssi se transformou, no Brasil, num dos orixás mais populares, tanto no candomblé, onde se tornou o rei da nação Ketu, quanto na umbanda, onde é patrono da linha dos caboclos, uma das mais ativas da religião. Seu habitat é a floresta, sendo simbolizado pela cor verde na umbanda, e recebendo a cor azul clara no candomblé, mas podendo usar, também, a cor prateada nesse último. Sendo assim, roupas, guias e contas costumam ser confeccionadas nessas cores, incluindo, entre as guias e contas, no caso de Oxóssi e, também, seus caboclos, elementos que recordem a floresta, tais como penas e sementes. Seus instrumentos de culto são o ofá (arco e flecha), lanças, facas e demais objetos de caça. É um caçador tão habilidoso que costuma ser homenageado com o epíteto "o caçador de uma flecha só", pois atinge o seu alvo no primeiro e único disparo tamanha a precisão. Conta a lenda que um pássaro maligno ameaçava a aldeia e Oxossi era caçador, como outros. Ele só tinha uma flecha para matar o pássaro e não podia errar. Todos os outros já haviam errado o alvo. Ele não errou, e salvou a aldeia. Daí o epíteto "o caçador de uma flecha só". Come tudo quanto é caça e o dia a ele consagrado é quinta-feira. No Brasil, Ibualama, Inlè ou Erinlè é uma qualidade de Oxóssi, marido de Oxum Ipondá e pai de Logunedé. Como os demais Oxóssis é caçador, rei de Ketu e usa ofá (arco e flecha), mas se veste de couro, com chapéu e chicote. Um Oxóssi azul, Otin, usa capanga e lança. Vive no mato a caçar. Come toda espécie de caça, mas gosta muito de búfalo. Oxóssi é a expansão dos limites, do seu campo de ação, enquanto a caça é uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida. Ao atingir o conhecimento, Oxóssi acerta o seu alvo. Por este motivo, é um dos Orixás ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo "de fora", a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. Além, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça. Assim, o orixá da caça extensivamente é responsável pela transmissão de conhecimento, pelas descobertas. O caçador descobre o novo local, mas são os outros membros da tribo que instalam a tribo neste mesmo novo local. Assim, Oxóssi representa a busca pelo conhecimento puro: a ciência, a filosofia. Enquanto cabe a Ogum a transformação deste conhecimento em técnica. Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Oxóssi para os mais diversas facetas da vida, pelas características de expansão e fartura desse orixá, os fiéis costumam solicitar o seu auxílio para solucionar problemas no trabalho e desemprego. Afinal, a busca pelo pão de cada dia, a alimentação da tribo, costumeiramente cabe aos caçadores. Por suas ligações com a floresta, pede-se a cura para determinadas doenças e, por seu perfil guerreiro, proteção espiritual e material. [editar]Arquétipo As pessoas consideradas filhas de Oxóssi são alegres, expansivas, preferem agir à noite, como os caçadores. São faladores, ágeis e de raciocínio muito rápido. Sabem lutar e alcançar o que almejam, como que lançando uma flecha e acertando o alvo. Sabem se controlar, mas, quando raivosos, ferem as pessoas com palavras e atitudes, como se fosse dada uma flechada. Quando amam, são zelosos e fiéis, não toleram ser enganados. São muito trabalhadores e honestos. [editar]Qualidade de Oxóssi Òdé Otin Òdéarólé Akeran Ajayipapo Danadana Apáòka Inlè Irinlè Ibualama Isambu Karele Sete folhas mais usadas para Oxóssi Ewê odé Akoko Odé akoxu Etítáré Iteté Igbá ajá Sincretismo No Rio de Janeiro e em São Paulo, é sincretizado com São Sebastião. Em Salvador, no dia de Corpus Christi, é realizada uma missa, chamada de missa de Oxóssi, com a participação das ialorixás do candomblé da Casa Branca do Engenho Velho da Federação. Cuba Oxossi (ou Odé ) é um orixá da santeria cubana. Representa o caçador infalível. Odé é uma das deidades da religião yoruba. Na santeria, é sincretizado com São Alberto Magno e São Norberto. Particularmente em Santiago de Cuba, é "Santiago Arcanjo". Resumo Odé é o orixá caçador. O Orixá É considerado mago ou bruxo. Faz parte dos orixás guerreiros. Suas cores são o azul e o coral. Família Filho de Obatalá e Yembó. Irmão de Xangô, Ogum, Eleggua. Esposo de Oxum, com quem teve o filho Logunedé. Oferendas e danças Sacrificam-se pombas, cabritos, galos, codornas, frangos, veados, galinhas-d'angola, cutias etc. Haiti No Haiti, as religiões predominantes são o vodu haitiano e o catolicismo. Oxossi na Umbanda Odé no Batuque Odé no Xambá

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