Conheça em primeira mão a história inédita da Iyalorisa Mãe Baratinha, que foi enviada especialmente à Revista Orisas por meio da Ebomi Cátia de Obaluaiê, uma de suas filhas-de-santo, como uma forma de homenagem à sua mãe.
Residia na cidade de Cachoeira, interior da Bahia, no bairro do Alto do Rosarinho, onde foi fundado, há 30 anos, o Ilê Kaiô Alaketu Axé Oxum.
Mãe Baratinha foi iniciada no Candomblé ainda criança, então com onze anos de idade, em Mangabeira, na Bahia, no Ilê Ibele Alaketu, Portão, sendo filha-de-santo do saudoso Manoel Cerqueira de Amorim, dito Babalorisa Nézinho de Ogum.
Deu continuidade à sua religião com dedicação, amor e fé. Dedicou sua vida aos Orisas. Soube seguir as tradições e hierarquia das águas do Ketu até seus últimos dias de vida. Filha de Oxum, Mãe Baratinha trazia consigo toda a doçura e meiguice de mãe aos filhos e sempre estava pronta para oferecer palavras de carinho e sabedoria a quem precisasse.
Foi uma mulher simples e humilde, porém com muita força espiritual. Nasceu para o Candomblé e sabia conduzir os rituais com desenvoltura, utilizando-se da língua Iorubá de uma maneira fora do comum. Não havia para a ela a palavra cansaço, mesmo depois de um dia inteiro de obrigações e sacrifícios. Cantava o Candomblé durante a noite toda e dançava com os Orisas de seus filhos-de-santo, irmãos e amigos. E assim permanecia por 45 dias, mais comumente nos meses de agosto e setembro, quando aconteciam as festas e obrigações na sua roça, fato este que acontece até hoje.
Mãe Baratinha sempre falava a seus filhos que Candomblé não era apenas colocar uma saia bonita na cintura e dançar, mas sim um sacrifício da matéria, ao deixarmos o conforto de nossa casa, a vaidade de lado e vivermos com simplicidade e humildade dentro do terreiro, mas, acima de tudo, com amor e respeito. Baseada nesses princípios, foi uma grande mãe e soube, como ninguém, conduzir ao bem-estar pessoal seus mais de novecentos filhos-de-santo, espalhados pela Bahia, outros estados e até mesmo no exterior. Ela não media esforços por conta da distância para cuidar dos Orisas e não via distinção de raça ou classe social. Atendia a todos com o mesmo carinho e atenção.
Como toda filha de Oxum, Mãe Baratinha era mulher muito vaidosa, gostava de usar seus anéis, pulseiras e colares. Era dona de uma jovialidade sem igual, com uma energia contagiante e, mesmo com seus 80 anos, a idade nunca foi empecilho para essa senhora.
Viajava por todo o Brasil, sempre comunicativa, e, com seu jeito meigo, conquistava a todos por onde passava. Tinha o dom de cativar as pessoas, seus filhos, irmãos de culto e amigos. Por isso que jamais será esquecida tão nobre figura.
Como filha-de-santo foi exemplar, sempre respeitou seu pai-de-santo, mesmo com toda dificuldade da época e com tantos filhos pequenos e pouco espaço na Casa Grande do Candomblé para abrigar a todos. Tanto é que ela e suas irmãs-de-santo montavam um acampamento embaixo de uma jaqueira conhecida como "Jaqueira de Ogum", durante as festividades do mês de janeiro, e lá permaneciam, pois para ela não havia motivos para faltar às suas obrigações, as quais fazia com amor e dedicação. Mas aos poucos seu Pai Nézinho construiu várias casinhas para abrigar seus filhos-de-santo, inclusive Mãe Baratinha. Hoje em dia, os filhos e netos na roça desfrutam desse feito.
A Iyalorisa Baratinha cuidava da roça com esmero. Estava sempre a pintar ou trocar as madeiras que os cupins insistiam em devorar. Fazia isso porque tinha em mente o quão sagrado seria que seus filhos-de-santo pisassem na terra de Ogum, ou seja, no Ilê Asé Ibele Alaketu, mesmo quando não fosse época de festas e obrigações. Sua Oxum nunca saiu da roça e todo ano sua obrigação era dada. Por várias vezes precisou sair da roça para Cachoeira a fim de atender algum cliente, mas retornava em seguida e assim foi até seus últimos dias de vida.
Possuía tal harmonia com os búzios e Orisas, dádivas de Oxum, que em diversas ocasiões, ao chegar um consulente, ela mesmo já sabia do que se tratava. Dona de uma vidência extraordinária, foi procurada por pessoas de toda a parte.
Quando da sua adolescência, recebia a entidade do caboclo de pena Seu Rei da Selva, que vinha em sessão de mesa branca e atendia a quem o procurasse, até quando Mãe Baratinha abriu sua casa no Ketu, dando início à sua grande missão, traçada pelo destino. Além desse caboclo, recebia também Seu Serra Negra e o Marujo, reverenciados. por ela. com muito respeito. Cada um tinha sua festa e obrigação, pois ela, melhor do que ninguém, sabia do poder de suas entidades, principalmente Seu Rei da Selva.
Oxum, Orisa das águas doces, da fecundidade, da beleza e dona do ouro concedeu à Mãe Baratinha o privilégio de ter 22 filhos, 9 vivos. Foi avó e bisavó, conseguindo aliar generosidade à uma educação sábia e enérgica, porém sem ser arrogante. Seus filhos seguiram seu caminho. Três deles são filhos-de-santo de Nézinho de Ogum, sendo João de Oxóssi, Jucinéia de Nanã (Mãe Neinha) e Jacira de Xangô, e, por último, já como sucessora de seu pai-de-santo, a Mãe Cacho raspou sua filha Gildália, a Bil de Nanã.
Já com sua casa aberta em Cachoeira e com a ajuda dada por seu irmão-de-santo, o saudoso e recém-falecido Babalorisa Dudu de Xangô, foram iniciados mais dois filhos no Candomblé: a Juciara de Oxaguiã e seu irmão Giorlando de Xangô. Fora do Candomblé restaram 3 filhos: Jiovar, Jakison e Jiovani. Entre seus filhos temos duas Iyalorisas, a mãe Neinha, a Guerreira, que tem sua roça em Juquitiba, São Paulo, e Juciara de Oxaguiã, esta sucessora de Mãe Ba-ratinha. Todas as duas mantêm a tradição e hierarquia das águas do Ketu.
No ano 2000 foi comemorado ,com todas as honras ao mérito, os 63 anos de santo de Mãe Baratinha. Estiveram presentes os muitos de seus irmãos-de-santo, amigos e parentes, e, como não podia deixar de ser, a grande presença de Mãe Cacho, a qual Mãe Baratinha ficava muito satisfeita com sua chegada.
Amada por todos, Mãe Baratinha passou por muitas emoções que foram realizadas durante todo o dia, e, para completar sua emoção, seus filhos-de-santo organizaram uma grande surpresa, onde todos lhe deram uma lembrança. Já de noite, para alegria dos presentes, recebemos a bênção da grande Mãe Oxum, que a todos encantou com seus movimentos e que ficarão guardados na memória de quem os presenciou. Sem contar o brilho que emanava das jóias de Oxum e seu perfume borrifado em todos os presentes e suas bênçãos com água cristalina.
Mãe Baratinha recebia a todos com atenção, ouvia as lamúrias e via o desespero das pessoas que a procuravam em busca de solução para seus problemas. Com sua voz serena e usando palavras sábias aconselhava os outros, buscando exemplos e amenizando aquilo que os assustavam, dando a solução e alertando que, para tudo, havia uma saída.
Ao longo de sua vida, recebeu muitas placas, títulos, diplomas e condecorações. Tudo o que ganhava era guardado com cuidado e carinho e muita coisa fazia questão de usar. Cada saia e bata possuía uma história. Gostava de suas roupas, principalmente as africanas, porém não abria mão dos richelieus. Adornava seu pescoço com colares que formavam uma cascata representando os Orisas, tornando-a uma deusa africana linda e majestosa. Fazia a combinação de seus trajes e adornos com bom gosto e não se esquecia de calçar seu chinelo ou tamanco. Esses fatores deixavam-na feliz porque sabia estar pronta para adorar aos Orisas.
Por outro lado, Mãe Baratinha não viveu só de Candomblé. Trabalhou por diversos anos em uma fábrica de fumo, a Suerdick, na função de capeadeira e nos fins de semana ou Festas do Largo, colocava seu tabuleiro e vendia acarajés, bolinho de estudante etc., para aumentar sua renda e ajudar seu marido no sustento dos filhos.
Teve duas convivências. A primeira foi com Osvaldo Alves, conhecido pelo apelido de "Didi", resultando dessa união, 6 filhos. Mais tarde se uniu a Gildásio da Paixão, mais conhecido como "Donga", e, desse relacionamento, nasceram mais 3 filhos. Donga entrou também para as águas do Ketu. Foi ogã da roça em Muritiba, Portão.
Mãe Baratinha sempre foi dinâmica e gostava mesmo é de um samba-de-roda, tradição do povo de Cachoeira, Bahia. Participava do Samba-de-roda da Suerdick, formado pelas colegas de trabalho, que tinha como líder Dona Dalva, sua amiga e mãe de uma das suas primeiras filhas-de-santo.
Infelizmente, Mãe Baratinha não pôde ter a oportunidade de se alfabetizar, mas detinha um conhecimento extraordinário sobre os números. Tinha o dom da comunicação e participava de reuniões e palestras quando era convidada. Foi mulher criativa e ela mesma criava suas próprias confecções e ferramentas adoráveis para Oxum. Criou um afoxé só com crianças, onde as vestimentas ela mesmo confeccionava para o "Afoxé Filhos de Zambi".
Opinava sempre na organização e arrumação de seu barracão durante os festejos. Ao ir à feira para comprar o que quer que fosse, ela conhecida de todos, sabia negociar com os feirantes o preço mais acessível e sabia barganhar bem.
Já em casa gostava sempre de preparar vários pratos, pois não gostava de "comida dormida", aquela que passa de um dia para o outro. Gostava mesmo era de pratos calóricos, comidas fortes mesmo, bem temperadas.
Como todo ser humano, ela também tinha seus dias de calundu, ou seja, de melancolia e de mau humor e daí saíam grandes broncas a tudo e a todos, mas todos sabiam ouvir de cabeça baixa e respeitavam os seus momentos em que falava pelos cotovelos. Passados esses instantes, logo ela se voltava à alegria de sempre, brincando e sorrindo como se nada tivesse acontecido.
Uma de suas características era o de estar sempre rodeada dos filhos carnais e filhos-de-santo. Não gostava da solidão. E era junto às pessoas chegadas que ela não perdia tempo, em ensinava os passos do Candomblé, contava as lendas dos Orisas e histórias de sua época, gostava de compartilhar aquilo que sabia. Só não aprendia quem não quisesse, pois ela estava ali sempre a ensinar.
Por diversas vezes ajudou muitas mulheres a colocarem seus filhos no mundo, fazendo o papel de parteira. Foi também mãe-de-leite de muitas crianças quando suas mãe biológicas não conseguiam amamentar seus filhos. Boa conhecedora da medicina natural, preparava garrafadas com folhas medicinais para cada caso e sabia qual folha era pertencente a determinado Orisa. Isso facilitava a ela o preparo de banhos, efuns (pós) e defumadores. Tudo isso foi aprendido pelas mãos de seu pai-de-santo durante a convivência no ilê, e, por ser boa filha, merecedora, obediente, respeitável e contrita ao culto dos Orisas. Muito desse aprendizado foi aliado ao seu dom natural. E assim foi com seus filhos, os merecedores também aprenderam tudo o que ela passava.
Como uma pessoa muito especial, a Yaquequerê, a Cambiodé Ebomi e Mãe Hilda de Logunedé, que ao se iniciar no Candomblé pelas mãos de Mãe Baratinha, foi ficando e passou grande parte de sua vida acompanhando e ajudando sua mãe e braço direito dela. Para tudo lá estava Mãe Hilda com dedicação e amor aos Orisas.
Mãe Hilda aprendeu a fazer de tudo na roça, principalmente o richelieu que era o tecido preferido de Mãe Baratinha e assim foi conquistando seu espaço com muito trabalho e capacidade, tornando-se a Yaquequerê da casa, título este mais do que justo. É amada por todos os filhos da casa que a respeitam muito e tornou-se segunda mãe da casa, estando sempre pronta pra atender e aconselhar a quem quer que seja. Graças a Olorum, hoje os filhos da casa podem contar com ela e com Mãe Preta, a Yalaxé da casa. E é por elas que o axé da casa será mantido e em contínuo progresso.
Sempre foi do desejo de Mãe Baratinha que sua casa nunca fechasse depois de sua passagem, que as obrigações e festas a Oxum continuassem sendo feitas. Pedidos esses que estão sendo cumpridos por todos os filhos. Não é à-toa que Mãe Baratinha construiu sua casa no Rosarinho, pois ali tinha outra missão. Fiel às tradições do seu povo, ela fazia todos os anos as obrigações destinadas pelos dois irmãos, José Belchior e Antonio Salachior, ambos babalaôs, como eram chamados na época, enterrados no cemitério dos escravos, os dois na mesma cova. Esse cemitério fica ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Nesse local, surgido em meados do século XIX, precisamente a partir de 1850, encontram-se enterrado reis, rainhas, Iyalorisas e Babalorisas.
Mãe Baratinha lutou muito para conseguir tudo aquilo que desejava para seu salão. Em sua casa tudo é feito em prol dos Orisas. No início nem havia água encanada e isso era uma dificuldade para os trabalhos da casa e limpeza em geral. Mas isso ficou bem para trás, no passado. O sacrifício disso valeu a pena. Hoje o Rosarinho é um local bom de se morar e não há quem não se lembre de Mãe Baratinha. Dizia ela: "Para mim o Rosarinho é um lugar sagrado".
A lalOrisa Baratinha sempre respeitou todas as mais variadas religiões. Muito católica, chegou a construir uma igrejinha dentro do seu barracão, onde ela realizava missas e ladainhas em louvor a São Cosme e São Damião, Santo Antônio e Nossa Senhora da Conceição. Por diversas vezes recebeu convite para participar da Irmandade da Boa Morte, porém nunca aceitou. Embora não perdesse o cortejo e sempre se vestisse de branco e carregasse flores nas mãos a fim de agradecer as batalhas vencidas.
Na manhã de 18 de outubro de 2004, às 8 horas de uma segunda-feira, a Bahia chorou a perda da lalOrisa Galdina Silva, comumente chamada pela alcunha de Mãe Baratinha. Faleceu em Feira de Santana, Bahia, aos 80 anos. Transferido seu corpo para sua casa de Candomblé em Cachoeira, Bahia, recebeu honras dos Orisas, irmãos-de-santo, amigos, filhos carnais, parentes e seus filhos-de-santo, principalmente a lalOrisa Mãe Cacho que já aguardava a chegada do corpo. Em seguida foram iniciadas as cerimônias necessárias entre gritos e choros, num momento doloroso para todos os presentes. E só puderam assistir aos atos os que pertenciam à religião, ou seja, babás, ogãs, ekédis, filhos, ebomis, juntamente com os Orisas, conforme manda as tradições da religião. Algumas horas depois, portas e janelas do barracão foram abertas para que todos pudessem prestar suas últimas homenagens à Grande Mãe.
Seus filhos fizeram tudo como ela queria. Durante o velório muitas mesas de dominó e baralhos foram abertas. Esses eram seus jogos preferidos. Ao longo da noite muita gente subiu a ladeira para render homenagens e dar seu último adeus à Mãe Baratinha. Autoridades, mães-de-santo, gente de toda a parte veio para o velório sentimentos mais sinceros para a Iyalorisa.
Pela manhã o dia trouxe uma fina garoa e na hora chegada, após a realização da missa, homenagens e obrigações para a saída do corpo, às 11 horas, ogãs desciam carregando o caixão, ladeira do Rosarinho abaixo, onde os Orisas iam à frente abrindo caminho, jogando pétalas de flores, ebô e pratos necessários para o ato em si. O cortejo seguiu em direção ao Cemitério da Piedade. A multidão consternada acompanhava atenta os momentos finais, formando assim um imenso tapete branco. A cidade parou e por onde passava o caixão as pessoas se sentiam mal, pois a força e a magia da Grande Mãe afetavam a todos. Ninguém aceitava o fato da morte de Mãe Baratinha. Tudo isso por ser muito querida e amada. Foi difícil para os filhos carnais e filhos-de-santos também aceitarem a perda, pois tudo aconteceu de uma forma muito rápida. Baratinha teve diabetes 11 anos antes de sua morte, porém não tomava nenhuma precaução, nem conseguia cumprir o regime recomendado por seu médico. Como todo cristal, que ao cair se quebra, Galdina era teimosa e abusava de sua frágil saúde.
O que ficou foi a lição que ela ensinou a seus descendentes: batalha e dedicação e nunca se envergonhar por ser mulher humilde, pois humildade nunca foi posição do corpo num tom de voz, mas sim a posição do espírito, que sabe o que é e o que se pode fazer e não precisar manifestar-se aos outros e só a si mesmo.
Logo em seguida foi arriado o axexê feito por Mãe Cacho e Ebomi Jorge, ambos irmãos, e demais ebomis, yás, babás e irmãos-de-santo de Mãe Baratinha. Nisso deram início aos 7 dias de obrigações e rituais na Casa de Candomblé e assim foi cumprido mais um ritual da nação Ketu, mesmo com tanta dor, saudade, choros, tristeza. Estavam lá todos unidos numa só força o amor a ela e ao axé.
No dia 24 de outubro foi realizada a missa do sétimo dia na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no bairro do Monte, às 8 horas, e se viu os presentes passando, mais uma vez, por momentos dolorosos e de muita emoção. Depois da missa os filhos-de-santo retornaram à casa, dando seguimento aos últimos rituais e fechando o barracão por um ano de luto.
Todos os que a conheceram e tiveram oportunidade de serem seus filhos, rezarão sempre por essa pessoa muito especial e que jamais será esquecida.
Passado um ano de sua partida e após a realização de todas as obrigações necessárias para a reabertura da Casa Ilê Kaiô Alaketu Axé Oxum, o barracão foi reaberto pela Yalaxé Mãe Preta de Oxaguiã, mantendo as tradições e hierarquia da sua mãe. Preta foi iniciada ainda criança no Candomblé pelas mãos do saudoso Babalorisa Dudu de Xangô, sendo feita de Oxaguiã e Oxum. Nos seus 25 anos de axé, ela recebeu das mãos de Mãe Baratinha o cargo de Yalaxé. Com a morte de sua mãe, Preta teve de abdicar de muitas coisas importantes em sua vida, deixando para trás sua casa em São Paulo e amigos. Hoje mora em Cachoeira, em sua casa deixada por sua mãe, ao lado da roça. Lá cuida dos Orisas e dá continuidade aos trabalhos e obrigações da religião, atendendo a todos que vão à procura de sua mãe. Seus irmãos-de-santo sabem que não é nada fácil para ela a responsabilidade deixada por Baratinha, porém, com humildade e união, ela vai superar a tudo e com a ajuda de seus irmãos-de-santo e irmãs carnais conseguirá levar o nome do axé adiante.
Deus ponha tua alma em bom lugar.
"Olorum Lua Cobé Xibi Xirêxe"
"Oxum Dequé"
"Minha mãe, enquanto existir saudade, eu nunca vou te esquecer."
Linda história eu já tinha ouvi muita coisa boa sobre esta grande iyaolorixa pois conheci uma filha dela aqui em são paulo a iyaolorixa Terezinha de oya tope e uma de suas filhas raminha de omolu na região da Vila Maria. Obrigado por partilha está história e espero que mais pessoas como vc venha a acrescentar postando vídeos fotos junto a história é depoimentos de pessoa que a conhecia para que todos tenha honra de conhecer oque é ser do santo é como é importante cultivar nossas raízes sem essa modernidade que está nos dias de hoje que veio para degradar nossa tradição religiosa é enfraquecendo os adeptos é os desviando para outros caminhos . mais uma vez obrigado axé axe axé
ResponderExcluirSaudade de minha comadre um ser humano sem igual,quem teve a honra de conhecer sabe a falta que ela faz.
ResponderExcluirUm orixá das àguas na terra...um orixá de luz a iluminar nossa vida!
Lindo vê a História de Minha Tataravô.... Nunca devemos esquecer sua luta, pois sem ela, eu não estaria de volta a minha ancestralidade....
ResponderExcluirGrande mãe Baratinha, meu pais Antônio e Nicinha amam ela por tudo que ela fez por eles tem uma foto dela aqui em casa gratidão eterna a essa querida pessoa grande ser humano eu era criança ela gostava de mim, mas eu não entendia muito hoje entendo a grande importância dela se tivesse viva estaria perto de completar 100 anos de vida.
ResponderExcluirMãe Baratinha era uma pessoa especial igual a ela não existe eu bem sei o quanto ela mim ajudou e a muitas pessoas que se apaixonou dela eu como uma filha de santo de Mãe Baratinha sabe como é difícil viver sem as palavras bonitas e abençoadas que ela passava para todos nós.
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